quinta-feira, 11 de março de 2010

Um dia Ruim...


Um dia ruim!

Podia ouvir o som dos passáros cantando já e nem bem o Sol havia nascido.
Sentia nos meus olhos o peso de um sono que não havia chego.
Meu corpo sentia as marcas deixadas daquela noite sem sonhos, sem expectativas, uma noite consumida por pensamentos intermináveis, lembrânças que já deveriam estar encaixotadas no arquivo de memórias, mas que surgiram ali em meio ao nada para me fazerem sentir uma dor que já fora sentida.
Me perdoem, mas não quero falar de lembrânças, não destas...
Vou prosseguir com os passarinhos cantando e o Sol que estava num canto qualquer deste Universo.
E lá pelas 06:05h da manhã ele surgiu, mas meu sono ainda não dava o ar da graça, cantarolei baixinho musicas bestas, contei varios carneirinhos, chás e estava decretado, eu havia me tornado um zumbi.
Mas saiba que até os zumbis também são gente e gente que fala, ri, anda e chora escondido no quarto de raiva, eles também ficam presos naquelas portas de banco com detectores de algum metal que servem para ficarmos com aquelas caras de bobos.
E lá surge a manhã, o dia e o prenuncio de algo, um coração descompassado, um estomago apertado sem desejo, sem fome.
As horas foram ganhando seu terreno e a tarde chegando, ali permanecia a mesma inquietude de alma o mesmo desassossego.
Algo poderia acontecer, algo estava acontecendo, mas sua temperatura não atingia.
E a espera era dolorosa...
A espera de uma dor, a espera de um sentimento...
Tudo então teve que esperar, aquela era a necessidade urgente de uma mudança.
E ela foi feita, de forma visível aos olhos, mas invisível as emoções...
Alguns pedaços ficaram caidos no chão e o resto se levantou e saiu em direção a uma longa caminhada.
A longos passos, soa o alarde de um de motor...primeiro 1...2 e no total 5 fizeram a angustia aumentar.
E a angustia deu lugar ao medo.
Naquele instante a voz não ousou se manifestar, tudo era uma garganta seca e uma vontade de ter asas.
A vontade de enxergar um cavalo montado por um lindo principe sem histórias.
Mas não teve cavalos, não teve principes, o socorrro veio de algo que nem se recorda ao certo de onde veio e nem para onde foi.
Talvez se não tivesse aquele homem de roupas petras no meio do fim da rua tudo teria tudo terminado diferente...
Talvez...
No tumulto disgovernado de um dia ruim tudo acontece, alguém entra nos endereços tenta alterar o verdadeiro sentido da VIDA e perturba, quer lutar por uma causa já perdida, quer sofrer uma dor de uma ferida que já foi curada a muito tempo.
Lembrê-se, não somos propriedades...
Somos humanos, temos uma alma que grita e ama.
Ama um amor que NÃO pertence mais a um passado, mas sim a um presente.
Um presente bom que esta sendo descoberto a cada dia.
Apenas um presente, sem presciência de um futuro, talvez.
Mas ele é meu e não permito que me roubem...
Nem tão pouco que tentem me tirar dele.
Viverei todo o presente...
Sentirei todo o presente...
Me entregarei a ele, sem medo, sem magoas e sem expectativas...


Beijos na alma.
Rê Pinheiro
...

3 comentários:

  1. Querida Vida,

    Qual a relação entre prenuncio e sintonia? Por que ambos andam intrinssicamente ligados? Por que causas uma alma entorpecida pela natureza de um alguem que vem de mansinho estabelecendo seu espaço rapidamente se conecta e sente o que esse alguem sente da mesma forma? Talvez nunca saberemos... mas sabemos o que sentimos...

    Sentimos inclusive que podemos mandar energias para quem queremos, e energias boas e sentimentos puros de coração nos protegem das intenções ruins... Pode parecer crente demais, por crer que exista uma tal "justiça divina" que no fim tende a ser apenas um vestígio lúdico de nossa humanidade, e que apenas serve para alimentar nossos sonhos, mas como crente, eu creio, e acredito, e envio tais energias puras para proteger quem eu quero bem e quem me quer bem...

    Talvez esse tal principe no cavalo branco não exista... talvez ele monte apenas um jeep e no final nem carregue patentes ou titulos inerentes a realiza, mas talvez seus ideiais e desejos são tão puros e verdadeiros quando os de um monarca justo para com seu povo, zelando pelo seu bem estar e sua felicidade... Desta forma, o cavalo não importa, as expectativas de como ele é não importam... o que importa, são seus principios e disponibilidade para te salvar e te proteger em um momento de agonia... mesmo que algumas vezes contra malfeitores confusos, desajeitados e desastrosos, que fazem atos impensados como empunhar uma arma descarregada contra a guarda real, e durante a ação deixa-la tomar, fortalecendo ainda mais o poderio desta guarda, mostrando o quanto é despreparado para ocupar qualquer posição, mesmo que de malfeitor despreparado... A guarda agradece, pois agora sabe que lida apenas com no máximo um ladrão de galinha...

    O certo é que ações puras por corações puros não são contestadas... e se a tal da "justiça divina" existe, e sei que existe, isso não passa desapercebido... Não interfere no presente que se abre e se mostra fantastico, e muito menos reflete na promessa sem expectativas de um futuro delicioso e reciproco... Quem planta o bem, colhe o bem...

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  2. Querida Rê...
    Viva. Somente isso.
    Viva um dia a cada dia.
    Um dia depois do outro.
    Somente isso.
    Um beijo grande,
    Maü Cardoso.

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  3. GOSTARIA DE FAZER ESTES DIAS RUINS SE TORNAREM BONS E VÊ-LA SORRINDO, APENAS ISSO.

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