domingo, 26 de junho de 2011

INTENSIDADE









E lá se foi toda ela!
Não sobrou um só tiquinho se quer.
Vi minha paciência criando perninhas e saindo aos galopes na direção contrária a minha sanidade mental.
Fiquei aqui, completamente só.
Eu e minha chatice.
Inóspita.
Vejo aqueles sorrisos de comerciais de pasta de dente e gente sem graça, sem sal, sem açucar e sem senso.
Caras e bocas, poses e farsas.
A mediocridade, minha eterna Nêmesis.
A idéia de ser medíocre e de ter uma vida medíocre me aterroriza.
Por isso, me entrego, me esqueço, me estrago.
Não há de ter muito sentido no sentido que dei minha própria vida.
Mas... ela é minha, e me permito caminhar por ela da forma que eu queira.
Sei que as vezes este meu andar é deficiente, meio manco.
Muitas vezes tropeço, e muitas vezes não levanto logo em seguida, mas que levanto eu levanto.
As vezes encontro pedras enormes no caminho.
Pedras que consigui rolar, passar por cima ou simplesmente colocar uma bela dinamite e mandar para o espaço.
Mas ao longo do tempo e da vida, podemos perceber que nem tudo são pedras, existem os pedregulhos, paralelepipedos e as pequenas pedrinhas também... rs
Mas hoje eu acordei com uma sensação muito estranha.
Uma vontade muito louca de estar num lugar que nem sei bem onde fica.
Preciso parar de uma vez por todas com esta mania esquisita de tentar ser uma mulher normal.
Não me encaixo em nenhum tipo.
Não sou frágil.
Mas também não sou forte.
Não sou Amélia.
Mas nunca tive uma vida casta e pacata.
Gosto de emoções e sentimentos fortes.
Se é para chorar, choro com vontade.
E quando dou risada me acabo.
O amor nem sempre aparece com cara de amor para mim.
Muitas vezes ele surge vestido de amizade.
Tem cara de passado.
Cara de alguém que vi entre as montanhas em meus sonhos.
Tem cara de anjo, de barba ou sem ela.
Careca, cabeludo.
Voz docê e olhar de criança.
De terno gravata e pantufas.
Cabelos brancos e falhas de personalidade.
O amor aparece e desaparece.
Nasce e morre.
Tudo ao mesmo tempo e em doses nada convencionais.
Tenho a impressão que se alguém me visse agora neste instante poderia se apaixonar de uma vez por todas por mim.
Eu sei que existe aviões.
E eles abreviam a distância.
Mas sou claustrofóbica demais ouvir aquela frase: " As portas serão fechadas, por favor desliguem seus celulares e aparelhos"
Não gosto de ordens, não gosto de portas e janelas fechadas.


Beijos

Rê Pinheiro

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