terça-feira, 1 de outubro de 2013

O JOGO





O JOGO


Sem ter lhe possuo.
São caminhos que se encontram.
O acaso que não existe, mas acontece.
É o poder da sincronicidade que prevalece, e também estremece.


Se manifesta no destino, o desatino.
E na essência a força unanime da sensibilidade
O obvio, se faz um absurdo eminente.
É o homem que impregna e invade na inspiração latente.

Tomada pela insanidade, permito.
E no grito sinto as redéas.
São poemas, pensamentos, sentimentos adormecidos.
A singularidade das emoções em versos reconhecidos.


O teu silêncio perturba se torna um algoz de meus anseios.
A dissonância do tempo e as semelhanças do verbo.
Fantasmas se manifestão na inquietude de uma alma.
É a música que aquieta, na simplicidade da composição que acalma.



Beijos

Rê PInheiro

NA SALA







Na sala.



O delírio e o mistério.

Sentir o que não sente.

Ouvir o som da distância.

No simples acorde da intensidade.



Diante da ausência a consequência.

Conheço o conhecido desconhecido.

Foi preciso perder para encontrar.

Se atrever para alcançar.



Em suas linhas o desenho do desejo.

Espaços ocultos...portal de seus labirintos... instintos...

Sabedoria e sensibilidade, enigma e fascinação

E do passado o presente, uma sublime apreciação.


Na sala, surge a imagem.

Anunciando a extinção de toda a Geografia.

E enxergo em suas mãos.

O toque de uma nova alegria.



E neste vai e vem insano.

Consome o peso da ansiedade.

Fome e febre aparecem.

Um novo timbre, o alarde anunciando a saudade.


Beijos
Rê Pinheiro

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

A dor da ausência.




Há dores que podemos mensurar, mas a dor de se perder alguém que se ama, não haverá jamais uma definição.
É o vazio, a saudade, são as lembranças.
É o querer estar, ver abraçar sentir e ter a certeza que este desejo não será realizado.
Fica aquele eco na memória de tudo que deveríamos ter feito, deixamos de fazer de falar.
São os porquês que gritam em nossa mente.
Porque agora?
Porque deste jeito?
Porque esta pessoa?
Porque ele e não eu?
Queremos explicações do inexplicável, todavia temos apenas uma única certeza, a de que um dia todos nós iremos partir...
E certo é, que para tudo aqui nesta efémera vida, há sim um porque, um tempo exato e determinado, tempo este que é desconhecido, e talvez por esta ignorância do desconhecido, não nos atentamos que muitas vezes o que fazemos aqui não é viver, é tentar sobreviver...
Muitas vezes o que tentamos enxergar esta no fundo de nossos olhos...
Mas nos deixamos levar pelo desatino dos ponteiros, perdemos o foco do que realmente importa, de quem realmente é importante e do que realmente é necessário e primordial.
Lembramos de olhar na agenda, e esquecemos de olhar para o Céu e agradecer a Deus.
Lembramos que temos que pagar as contas, mas esquecemos de acertar as contas com nossas maiores dividas do nosso eu, deixamos de lado nossos erros, nossas falhas, pensamos na matéria e esquecemos que somos também espirito.
Lembramos de um amor, mas esquecemos de amá-lo!
Pensar que agora é tarde, não!
Mesmo que este amor tenha partido, lembre-se você permanece nesta grande viagem, lembre-se que você é o LEGADO.
E dar continuidade é uma de nossas missões.
Chore, chore sempre que desejar, por quanto tempo desejar.
Mas observe que o sabor das lágrimas lembra o sabor da água do mar, e que as vezes ele pode estar revolto tomado por uma tempestade gigantesca e que se estivéssemos num barco certamente poderíamos vir a afundar. Porém a grande maravilha é que os Ventos Passam, a Revolta se desfaz e ele sempre se acalma, as ondas se aquietam, e sempre haverá dias onde o reflexo do Sol aparece se mostrando uma das maiores maravilhas da Natureza, um dos grandes milagres de Deus.

Dedico este texto a três pessoas muito especiais que perderam entes muitos queridos.
A um grande e sábio amigo Thomaz Netto que o chamo de irmão Nego, perdeu sua esposa completando seus 60 anos de casamento.
A grande amiga Janaina que sente a saudade de seu Tio mas amado como um Pai, o Nardo.
E a minha querida e também grande amiga Alexandra Alves, que se despediu ontem de seu pai, e que me inspirou a escrever este.
A todos familiares também, deixo meu carinho, estarei orando e pedindo a Deus para que lhes deem fé ,forças e a sabedoria de prosseguir guardando consigo o melhor daqueles que se foram, e buscando a evolução para aperfeiçoar o que somos e ainda podemos ser...

Dedico também, a todos que perderam aqueles que amam, assim como eu que perdi também meu irmão.


Beijos
Rê Pinheiro

terça-feira, 3 de setembro de 2013

A COISA ESQUISITA








Um "Olá" que surgiu assim do nada, sem forma oportuna, apenas o efeito sonoro do desconexo.
Uma certa arredoma de formalidades triviais do desconhecido.
E aos poucos o espaço, ainda que silencioso foi cedendo ante ao barulho da curiosidade.
Insigne e pragmático, quase indolente, com o cheiro caracteristico de encrenca.
Ah! O divino arôma da encrenca!
Claro que há os que abominam, enjoam, ou fogem, talvez esta seja a parte sábia deste mundo.
Mas há aquela classe de loucos desprovidos de sanidade, aqueles que se movem por anseios, pela fome e tudo que vicia e consome, são os abusados, ousados, intrigantes e abusivamente inteligentes.Tudo bem que nem sempre possuem um senso apurado de etiqueta, são aquelas criaturas esquisitas que falam demais, se mexem demais, mal sabem passar uma lombada, ou distinguir as cores secundárias, mas que no fim das contas por onde passam deixam o cheiro da encrenca e tal a inquietude da saudade.


Beijos
Rê Pinheiro  

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Sensibilidade de artista.





Podemos sentar, olhar, parar e apenas observar a VIDA, podemos estar no banco a espera, em busca, na busca!
O olhar pode estar ali, fixo, imovel... mas a mente sai em seu rumo, desenfreada pelos muitos mundos deste imenso, infinito, e singular... Universo.
Tudo é uma composição sublime, tudo é arte... energia... sentimentos, sensações, percepção e a emoção de sorver o viver. 

Beijos
Rê Pinheiro

terça-feira, 16 de julho de 2013

O AMOR TRIVIAL









O que sufoca é o silêncio de tudo que não foi dito, são aquelas conversas sem nenhum preâmbulo, explicação, ou definição, onde nosso coração grita, mas nossa mente teima no faz de conta de não querer escutar... e tudo que prevalece é a ausência de um fim, e permanência daquele espaço oculto indistinto, onde as palavras não atingem seu real objetivo.

Definir o indefinivél certamente não é algo fácil, mas permanecer com estas amarras invisíveis, lascivamente dolorosas, é como percorrer tentando buscar o equilíbrio estando nas margens entre caos e o paraíso.

Estarei a beira de minha demência? Pois mesmo sendo algoz, me perco no alento e não me permito sucumbir aos anseios! E lhe digo sim, mesmo assim eu gostaria de mais doses elevadas diárias de ti, e um pouco de tudo, e de todo aquele pouco que me pertencia. Quero de volta aquele seu olhar desconcertante e do desperdício deste vício que rege e consome meus instintos.

Não é digno dizer eu te amo, sem realmente amar, e percebo que muitas vezes faltou-me a tal dignidade, não pelo não amar, mas pelo amor na visão de um olhar qual apenas eu poderia enxergar, nesta altura da vida me observo quão egoísta fui e somos.

Mas acredito que ainda prefiro o egoismo ào descuido de um amor, aquele tipo de gente que se empolga, e empolga, lança sobre ti todos os efeitos e defeitos dos artefugios da boa e velha arte da conquista, mas quando atinge seu ápice o alge visceral de um platônico terreno, alça âncoras e segue mar afora em busca de outros "amores", "novas paixões"transformando sentimentos num mero parque de diversão, onde apenas uma única pessoa se diverte, e verbalizando a coisa, isso se resume ao velho e infimo amor trivial.




Beijos
Rê Pinheiro

domingo, 30 de junho de 2013

terça-feira, 25 de junho de 2013

Muito além do além...





...e lá num mundo bem distante  vivia um menino, nascido de berço reluzente, dono de muitos encantos e receios, sua ternura era obscura, fundida pelo orgulho de sua exuberante majestade, jamais foi comum para os comuns, sua curiosidade de conhecer o mundo sempre perturbara até mesmo a Natureza, seu inquieto espírito jamais se deteve aos meros limites de seus olhos,  sentia que ele não cabia naquele lugar, o que fez buscar novos horizontes, e se aventurar em novas conquista, seu coração desejava conhecer...viajar... e se perder em outros mundos.
O menino então pegou seus sonhos, seus melhores desejos e toda sua ansiedade e levantou âncoras, saiu numa viagem onde os caminhos eram traçados apenas pelo mapa de suas emoções. Conheceu outros povos, novos mares, vislumbrou as melhores paisagens, e o pequeno menino aos poucos foi se transformando, crescendo e explorando, conheceu histórias, despertou paixões, se encantou e encantou outros corações... se perdeu e se reencontrou inúmeras vezes... mas sua alma sempre faminta não se detinha, e a cada nova Lua, novas rotas eram traçadas.
Até que num lugar de extrema beleza e singularidade, onde as montanhas quase se tornam mais altas que os nossos pensamentos ele observou um reflexo, uma luz intrigante e indefinida, que de imediato se pôs a seguir, não sabia o que era ou de onde vinha, mas seus instintos não permitiam recuar e a cada passo sua curiosidade se tornava ainda mais aguçada, foi quando ele conseguiu compreender que aquilo nada mais era que uma jovem menina em corpo de mulher, e neste momento retroceder já não fazia mais sentido e permaneceu a seguindo durante um bom tempo... 

Ele pelos cantos via seus sorrisos, suas palavras, seus gestos, ela conversava com os bichos, as plantas e até mesmo com o ar, pois é ela as vezes parava e olhando para o nada se punha a conversar com o vento, com ar e até mesmo com o céu. Ela era de uma esquisitice sem precedentes, mas havia algo em tudo aquilo que o cativava. E ali em meio ao montante de pensamentos desconexos ela o surpreendeu dando um baita cutucão. Ele surpreso não percebeu que nem o medo ela se permitia, mas era também guiada pela emoção e foi logo o convidando para entrar e conhecer todo seu pequeno e infinito Universo. 

Ele sem pensar muito foi entrando, aos poucos foi conhecendo, mas juntos foram conquistando o respeito, a amizade, o carinho aprendendo o significado daquilo que não desejamos perder. 
Porém mesmo com todo o conhecimento mutuo ele ainda não compreendia porque ela tanto conversava com coisas que não lhe davam respostas, como o vento ou o céu por exemplo e um dia ele não se conteve e perguntou:

Que maluquice é esta de conversar com o ar?
Ela sorriu e respondeu: Não estou conversando com o ar, mas sim com Deus!
Ele meio espantando e admirado prontamente, lançou aquele olhar de descredito e retrucou com a seguinte frase:

Não me diga que você acredita que ele existe?
Ela indignada, respondeu: Não me diga que você não acredita em Sua Existência?
Naquele instante ela foi bombardeada com as eminentes e pertinentes perguntas de alguém que mesmo sendo mais íntimo amigo, a conhecendo muito bem, não "acreditava" em algo que para ela tinha tanto sentido.
E eram estes os seus porquês:

"Deus serve a conveniência dos anônimos?
Deus serve quem com a miséria dos rostos anônimos?
Se Deus existe, que trabalho é este? de sofrimento de gente pura e inocente. Que trabalho é este? de impunidade e usurpação da felicidade alheia há distância do apertar de um gatilho.
Se Deus existe, porque é que quem faz o bem padece da dificuldade e quem faz o mal usufrui da facilidade?
Ou... Deus sou eu, és tu, é aquele e somos todos nós cada um per si. Deus é intuição? devaneio ou necessidade? É tudo e é nada? O bem, o mal?
Deus é sorte, destino, procura, ou ambição?
Ou... Deus poderá ser um cálculo matemático de equilíbrio entre o bem e o mal?
Deus tem uma equação?"


Ela parou e depois de pensar começou a responder:

Meu querido já tão necessário amigo, quero lhe dizer : Nossas dúvidas realmente são necessárias, todavia quando em excesso se tornam traidoras nos fazem simplesmente perder, o que muitas vezes poderíamos ganhar, seja pelo receio de arriscar, pela ignorância do não conhecer, ou pela ausência da simples observação.
Você poderá sentir Deus em tudo, ou optar por simplesmente em ignorá-lo, diante do labirinto de suas duvidas.
Acredito que a segunda opção seja a escolha dos medíocres, mas tenho certeza que até os medíocres alcançam o amor e compaixão de Deus.
Você, pode pensar que Deus é sorte, destino, procura, ambição, intuição, devaneio, que Ele esta na conveniência dos anônimos, pode até compará-lo a um cálculo matemático uma equação, e não compreender Sua "Obra"!

Eu sei que por muitas vezes a sensibilidade, a ínfima e efémera "inteligência" humana, muitas vezes não aceita, não compreende Este Deus que permite a dor o sofrimento de gente pura e inocente, ou a impunidade daqueles que fazem ou proferem a maldade. Lhe confesso que inúmeras vezes já chorei por sentir uma dor que não era minha, mas que doía tanto quanto.
Porém, particularmente acredito que a Sabedoria Dele é imensurável e para muitas perguntas nós meros seres humanos e desumanos, iremos permanecer nesta "ignorância", pois mesmo tendo todas as respostas, todas as provas, ainda assim haveriam aqueles que não acreditassem, já que por mais que Ele nos dê gratuitamente a dádiva da vida e mesmo assim queremos Prová-lo, ousamos em duvidar de Sua Existência, de que adiantaria a tal constatação? Fazendo uma analogia, muitos preferem atribuir a Ciência nossa criação, a meu ver abominável esta concepção que somos nada além que uma mera evolução de um macaco, não aceito que somos apenas matéria ou parte da Natureza.
Porventura não há um fundamento para nossa Criação? Claro que há!
Nada surge ao acaso, todos possuem uma missão, todavia alguns conseguem compreender o real sentido de existência, outros apenas passam por este mundo aprendem, ensinam, erram, desaprendem, trabalham, lutam, deixam saudades, magoas...
Encontramos pessoas, amores, amizades, alguns deixarão seu legado, outros deixarão uma estória, fato é que sempre ficará um pouco de nós aqui, um pouco do fomos, do que contamos, passamos, realizamos, conquistamos, perdemos...
Você meu querido para sempre, que tanto questionou sobre Deus, o que deixará? Saudade...verdade...simplicidade...humildade... ou incredulidade..?
Acredite, todos temos a nossa ignorância, e eu mesma por um tempo não acreditava na existência de Deus, levou muitos anos para alcançar uma primeira resposta, um mínimo sinal que fosse, e hoje após anos eu observo quão egoísta e solúvel fui.
Não conseguia ver Deus em seus sutis e sublimes detalhes, não alcançava sua presença, e atribuía os acidentes ao destino e escapar com vida deles como sorte. Profunda e profana esta ausência de fé, esta falta de sensibilidade e diria humildade.
Levei anos, e também tive que viajar e atravessar minhas próprias montanhas para compreender o que sempre esteve diante de meus olhos.
Para sentir Deus é preciso realmente desejar de todo coração Senti-lo, mas você jamais irá sentir se primeiro não conseguir acreditar.
É simples façamos a nossa parte e Ele fará a Dele.
E por um momento aquele menino que já não era mais um menino começou a relembrar de todos seus caminhos, vieram em sua mente lembranças que até mesmo haviam se dissipado com o tempo, suas recordações lhe trouxeram algumas verdades, lembrou de suas terras, de 3 grandes reis que foram seus amigos e tudo que até então já havia passado no passado, mas mesmo toda a vastidão de seu arquivo aberto de memórias, não foram capazes de diluir suas duvidas, porém naquele momento ele sabia que algo novo estava acontecendo, não sabia ao certo o haveria de vir, mas sentia como que por Divina Inspiração o alarde de boas novas inundando seu coração.

Muitas histórias possuem um final feliz ou não!
Nesta em especifico não darei um fim, permitirei que sua imaginação assim a crie invente ou reinvente... 
...e que se for este o seu desejo que infinito seja...

Felicidades...hoje e sempre...

Beijo
Rê Pinheiro

terça-feira, 23 de abril de 2013

É HOJE!








É muito frasco para pouco conteúdo!
Muita pose e nenhuma definição. O que você acha de tentar jogar nos palitinhos?
Vamos lá!
Se eu ganhar você vai embora, se você ganhar te mando para o inferno.
Pois é, já deu para perceber, não acordei num bom dia!
Ou deveria dizer que acordei em um de meus melhores dias?
Pois é, estou passando por um daqueles dias fantásticos onde nos sentimos simplesmente PHODA!
Dias em que acordamos e temos certeza que poderiámos dominar o mundo, entrar na NASA, saltar de Bung Jump no Buraco Negro!
Coisa tipica daquele dia em que você sai na rua e todos estão te olhando, não porque esta com a roupa do avesso, ou usando pantufas dentro de um Banco, mas porque nossa energia esta superando a uma fusão Nuclear.
Duvidas?
Por gentileza senhor, queira se dirigir ào Blog ao lado.




Beijos
Rê Pinheiro



segunda-feira, 25 de março de 2013

A ARTE DE CATIVAR... O PEQUENO PRÍNCIPE E A RAPOSA














 "O Pequeno Príncipe" de Antoine Saint-Exupéry
Releitura 


"Era uma vez uma raposa que vivia sozinha em uma floresta. Bonita, de pelo lustroso e castanho, a raposa era caçada por inúmeros homens que tentavam sempre se aproximar dela. Muitos a queriam, e ingênua, muitas vezes ela caiu em suas armadilhas, porém, esperta, sempre conseguiu fugir a tempo, saindo apenas com pequenos arranhões. Que, estranhamente, não cicatrizavam rápido, mas que, de fato, não eram tão profundos. A raposa então tornou-se arisca e passou a evitar os humanos, até que um dia, um pequeno príncipe chegou em sua floresta.
- Quem é você? Perguntou, apreensiva, a raposa.
E ele respondeu seu nome de príncipe, mas a raposa insistiu:
- Você é um caçador?
Ele respondeu com um sorriso: - Não! Sou um príncipe.
A raposa desconfiou, farejou o ar, mantendo-se sempre a distância.
- Príncipe? Pois você tem cheiro de caçador.
O príncipe sorriu e tentou se aproximar, mas a raposa rosnou e se afastou. Mas ele não temeu e se aproximou mesmo assim e facilmente dobrou os joelhos e colocou a raposa em seu colo, que tremia, mas ele colocando seus dedos por entre o pelo castanho a fez se acalmar. E a raposa, com seus olhos negros, que brilhavam somente conseguiu falar:
- Por favor, me cativa?
- O que quer dizer "cativar"? Perguntou o príncipe, com os olhos fixos na raposa deitada em seu colo.
- É algo há muito tempo esquecido - disse a raposa - Significa "criar laços". Significa que você é para mim diferente de todos os príncipes e caçadores que encontrei por aí. Que para ti não sou uma raposa igual a cem mil outras raposas. Se você resolve me cativar e eu também te cativo, nós teremos necessidade um do outro. E eu serei único para ti, e você será único para mim...
- Entendo! - disse o príncipe - Um dia, uma flor me cativou. Ela era única para mim...
- Nada é perfeito! - suspirou a raposa, logo em seguida retomando seu raciocínio - Minha vida têm sido muito monótona, eu caçava galinhas, os homens me caçavam. Todas as galinhas se pareciam, todos os homens também. E isso realmente me incomodava, sabe? Mas se você, meu príncipe, resolver me cativar minha vida será cheia de sol.
Então a raposa calou-se e observou por muito tempo o príncipe, que somente a acariciava por entre os pelos castanhos:
- Por favor... cativa-me! Disse a raposa.
- Sim - disse ele - o que é preciso fazer? Diga-me que farei.
- É preciso ser paciente - respondeu a raposa - temos que nos encontrar todos os dias, e conversar, primeiro a distância, mas aos poucos você chegará cada vez mais perto. E todo dia tem que voltar.
E assim o pequeno príncipe fez, e todo dia ele voltou, e assim cativou a raposa. Todos os dias um pouquinho mais".



Cativar?
O que de fato desejas?
Permanecer entre as vírgulas?
Quem dera se esta sua abstrata sensibilidade, fosse guiada por novos rumos, e não se privasse do desconforto da duvida quando diante de teus próprios anseios.
Sua observação... "indefinida", me dispersa, me irrita, e a ausência de uma ação causou a reação de uma entrega que não aconteceu, seria este um ato singular?
Escrever fascina... mas esclarecer supera o êxtase.
Gosto de quem olha nos olhos e fala! Nada de linhas e entrelinhas. Eu quero ouvir o som, o som daquilo que não estará transcrito em livros ou manuais de instruções.
Seja claro, para não ser esquecido.
Porque não estou propensa a te esquecer!
Mas lhe digo, meu coração não tem uma cadência definida, é imprevisível,  e subliminar!
Descompensado e descompassado, e em muitos momentos chega a ser débil, mas possui um senso prático de escolhas e se basta quando farto de amores assimétricos e sentimentos imprecisos.
É eminente que me enxerga como louca, confirmo de fato sou, as paixões me movem...
Mas como não se alterar? Abster-se de escolhas? Preferir o caminho avesso as sinuosidades?
O não escolher, por si já é uma escolha.
Então que seja o afeto explicito o principio, desta desordem, que seja a causa e efeito o perfazer desta amizade visceral.
Não tenha muita pressa, mas tente não se ater, pois se não houver em ti desejo suficiente para apreciar a curiosidade, a inércia lhe consumirá.
Não sou feita de meros toques, ou retoques, sou apenas uma versão absolutamente mutável, governada por valores, instintos, crenças e intuição.
As vezes me observo e bem lá fundo e me assusto!
Há ainda tantos anseios, vontades certamente insanas para olhares que guardam sua obsoleta lucidez  na gavetinha de cabeceira, mas não me privo de tê-las e desejá-las, e querer realizar cada uma delas a meu momento. Tudo bem eu  sinto que a qualquer instante tudo vai se tornar numa grande tragédia emocional de caráter generalizado onde certamente irá atingir alvos não previamente estabelecidos. Mas fazer o que se nunca tive uma cabeceira, nem tão pouco a gavetinha?
Sei que há por ai um certo ditado que diz: "Quem muito quer nada tem"
Eu particularmente o considero de péssimo gosto,  pois isso tem cara daqueles tipinhos que são dados ao comodismo.
Como não desejar muito?
Fico aqui imaginando aqueles que realmente fizeram História, os grandes inventores, criadores, pesquisadores, artistas, personagens fantásticos que pisaram aqui na Terra e mudaram o mundo, ali sentados contemplando o infinito e se permitindo a tal condição de pensamento?
E você ai deste seu observatório, analisando as fontes de energias, gerando emoções, retardando reações e comprimindo corações, fará o que para sair da caixa ?
Consulte seu terapeuta, pois certamente ouvirá que minha presença é prejudicial a sua saúde.
Mas se mesmo assim, desejar correr riscos, então pare de pesquisas no Google, nada que encontrar chegará perto de uma definição coerente. Lembre-se não sou nenhum ratinho de laboratório, não estou a espera de analises.
Sou apenas a raposa.

Beijos
Rê Pinheiro.




sábado, 5 de janeiro de 2013

ANO NOVO DINOVO









Um ano inteiro pela frente, um ano para ser feliz e correr em busca de seus sonhos e objetivos, ou ano para sentar com a bunda numa cadeira e ficar a espera que tudo venha até seu encontro. Porém acredite, mesmo que vier, não será fácil, pois nada vem de graça, tudo possui seu real valor, até mesmo um simples beijo, porque ele apenas será realmente bom se vier como recompensa de uma conquista.

Dedique-se a escrever mais, ler mais, entregue-se as delicias de bons poemas, mas também aprenda novos palavrões, pois haverá momentos em que eles serão oportunos, mesmo que ditos apenas com o pensamento, eles te farão sentir melhor.

Não se esqueça, o bom nem sempre é bom, e os bonzinhos poderão lhe tirar o seu melhor, roubar sorrateiramente sua energia. Mas não faça de seus receios sua prisão e aprenda a caminhar sem transformar pessoas em alicerces.

Descubra o que tens de melhor e verás que seu pior estará bem ao lado.
Se há aquela pessoa que no passado te fez chorar e você mesmo assim, ainda persiste em recordações, segue meu conselho,  chore mais um pouco e se não conseguir é porque já é tempo de enfim agradecê-la por todas as lágrimas, pois lhe foram uteis e chegou a hora de olhar para quem de agora em diante lhe fará sorrir, mesmo que este alguém seja uma coisa, uma planta, um quadro, um jardim...

Se for para pular ondinhas, se jogue em alto mar, se for para guardar sementes de uvas na carteira, jogue a carteira e guarde o sabor da uva, porque o melhor, o que temos de mais valioso, jamais poderá ser guardado em qualquer outro lugar que não em nosso coração.
Não se preocupe com números, adicionar “amigos” em listas. Quem realmente se importa, saberá exatamente onde você estará no momento que mais precisar, amigos são amigos, não são troféus para exposição de seu ego, não são partes de uma coleção.

Você terá uns 365 dias pela frente, reserve pelo menos 1 e visite um hospital, um asilo ou orfanato, seja egoísta e faça verdadeiramente algo por você, algo que te fará crescer.
Tente dominar seus instintos, mas não permita que este domínio seja absoluto, pois é necessário sempre uma dose cavalar de ousadia. A loucura é uma das portas para a sabedoria e a sabedoria é apenas uma tênue linha para sua ignorância.

Se ficar bravo, cante. Se ficar com ódio dance, a música é divina em qualquer estado de espirito. Se estiver amando também escute várias músicas, mas saiba o momento em que será necessário aprender os privilégios do silêncio ou as consequências da verdade.

Ore sempre, agradeça mais, reclame menos e se não for capaz de sorrir, tome um porre, leia vários livros e se embriague de novos conhecimentos, pois as maiores viagens são aquelas cujo nosso corpo permanece no mesmo lugar.

Caso você encontre seu amor este ano, saiba cativá-lo sem que perca a lucidez de sua essência. E se já tiver encontrado seu grande amor, lembre-se que por maior que seja, poderá se perder se você não for louco suficiente para ser e permanecer perdidamente apaixonado por si mesmo.

Beijos

Rê Pinheiro

terça-feira, 17 de julho de 2012

A SIMPLICIDADE FEMININA





É simples!
Nada de músculos nos braços e gordura saturada no cérebro.
Se é para mostrar, prefiro que mostre sua inteligência, não fotos de carros em tua garagem.
Será que para entender que nós mulheres somos muito mais que frases plagiadas e textos românticos distorcidos?
Não gostamos de Sal e Açúcar, apenas. Apreciamos mesmo a culinária cujo o sabor predominante venha carregado em doses elevadas de pimenta.
Verdades sim! Mas a trocamos muitas vezes por um bom vinho!
Já a sensibilidade é sempre bem vinda, sobretudo se tiver como companheira a audácia de não se calar diante de um desejo.
Me diga porque em tempos modernos é tão complexo compreender a essência do verbo sentir?
Eu sinto... e tu sentes?
Se sentes, porque se cala?
O medo do "não", ou a covardia aliada também ao medo do "sim"?
Lembre-se apenas de não pedir permissão ao Lobo, para cuidar de uma Ovelha.

Beijos
Rê Pinheiro

sábado, 23 de junho de 2012

PENSAMENTOS

















Repleta de pessoas, no ápice do tumulto dos pensamentos que eram lançados sob nossa mente, um amigo do lado me perguntou:


Para você Rê qual a diferença entre a Paixão e o Amor.


Em poucos segundos, minhas memórias entraram em erupção e respondi numa única palavra: “O equilíbrio”


Recordei-me de fatos de momentos de emoções.


Fiz em instantes uma coletânea de tudo que este meu estranho coração já viveu.


E constatei que quando me apaixonei de verdade, me permite apagar o tal do verbo equilibrar.


E quando amei de verdade voltei a revê-lo.


Porque amamos, por quem amamos?


Amamos aqueles que se diferem no todo.


Aqueles que sabem valorizar os por menores da vida.


Aqueles que enxergam em nós o que não é visto ou reconhecido aos nossos próprios olhos.


Por isso quando alguém diz que me ama, preciso verdadeiramente sentir este amor, exijo daquilo que vai além dos lábios, quero fatos, atos.


Aprendi a exigir sim, podem chamar de chatice, mas eu dou o nome de maturidade.


Não quero gente pela metade, sentimentos divididos e emoções confusas.


Não aceito meio termo, datas programadas e a ansiedade de uma espera sem fundamento. Não quero lembrançinhas, coisas, comemoraçõezinhas, eu nunca fui e jamais serei “inha” tudo em mim é intenso em demasia para caber no que não faça sentir o exagero.


E aquela esdrúxula historinha de que é um mero detalhe me causa náuseas, pois para mim o amor não combina com o mero, mero para quem desconhece quer dizer “sem importância, vulgar”, e no amor todos os detalhes é que fazem a grande diferença.


Faz a diferença quem soube te ouvir sem te criticar.


Faz a diferença quem te ligou quando você mesma julgou que nem era preciso, e sabe distinguir seu estado de espírito apenas pelo seu “ oi”.


Faz a diferença quem te desejou, te amou, mas soube permanecer em paz apenas por respeitar seus limites e almejar sua felicidade.


Mas por favor, não vão se confundir e achar que gosto de covardes, pelo contrario, gosto de personalidade nas veias e DNA nos olhos, e que haja neles um verde bagunçado de um amor que simplesmente é. 







Beijos


Rê Pinheiro

domingo, 6 de maio de 2012

O SURTO





Há dias que acordamos completamente estranhos, ou completamente normais para aqueles que nos acham estranhos.
E tem noites que sentimos vontades loucas, desejos esquisitos e quando isso acontece, você deve fazer apenas uma única coisa, SE TRANQUE.
Se tranque num lugar qualquer, e não faça contatos com ninguém pois estes dias são aqueles dias perigosos, dias em que sua probabilidade de fazer uma grande cagada são eminentes.
Então como estou passando por esta fase lunar, comecei a pensar sobre vários assuntos, quiz de alguma forma tentar ajudar a humanidade em algo realmente concreto que fosse útil, eficaz e de prefência prático e ágil.
Claro que pesquisei muito, e apos umas duas consultas no Google encontrei algo muito interessante, que estarei compartilhando, pois se trata de algo primordial e de grande utilidade publica:

Encontrei num site o significado da letra "R"no incio do nome.

( "Definida pelo sábio Pitágoras (570 a.C. – 497 a.C.) como a “vibração primordial do ser”. A inicial de cada nome merece um destaque especial.
A pessoa com a letra “R”, no início do nome, possui um entendimento mais profundo das coisas, enxerga além dos limites da condição humana, mesmo não tendo uma religião específica, é naturalmente espiritualizada. Age com muita sabedoria para resolver os problemas dos outros, mas quando tem um, sente-se desnorteada. Isso acontece porque gosta de decidir as coisas com a cabeça fria. A emoção sempre se instala no meio das dúvidas e não consegue tomar decisões. Deve aprender controlar a ansiedade e não ter medo de errar".)
Enfim, isso só veio a reforçar minha tese,
Vou ensinar uma coisa a vós meus caros, não caiam na besteira estapafurdia de se apaixonarem por alguém que cujo o nome comece com a letra "R" Estas pessoas são estranhas demais, são chatas demais, falam demais e tem um monte de defeitos de fabricação.



Beijos

Rê Pinheiro

domingo, 8 de abril de 2012

MULHER! e mulheres...







Como pode uma mulher se vangloriar por ser chamada de coisas como por exemplo.
Mulher filé, mulher jaca, melão, pêra, melância e por ai a fora?
A mulher virou uma miscelânea, uma verdadeira salada de frutas, porém sem sabor, sem gosto.
Não que eu esteja menosprezando a capacidade de cada uma, mas vejo que nós mulheres em sua total capacidade somos muito mais que isso.
Somos mais que uma bunda e olha que em matéria de bunda,tenho conhecimento de causa.
Somos mais que grifes, títulos e silicone.
Somos mais que uma simples "presidenta".
E por isso não aceito esta realidade banal que transformaram nosso nome MULHER Em Março assisti a inumeros comerciais, li muitos textos, recebi várias mensagens, flores e parabéns não faltaram pelo tal Dia Internacional da Mulher.
Mas fica uma pergunta, será que realmente todas merecem esta homenagem?
Dever-se homenagear aquela criatura que teve um filho e o jogou num cesto de lixo?
Homenagear quem se faz de fantoche para ganhar dinheiro?
Homenagear quem dança aos embalos de uma musica que diz “ Só as cachorras”?
Desculpem-me mas minha criação é outra. Meus valores são outros. Nasci não em berço explendido, mas ao som de uma mulher que mesmo com tantas dificuldades cantava e ensinava a alegria de viver.
Uma vó que passou fome, que lavou roupa no rio e tomava banho numa bacia, mas soube dar a seus filhos presentes de valor incorruptivel.
Mulher para mim, é a beleza revelada na delicadeza na alma. Mulher é a expressão visceral do verbo amar.
Mulher é música, é conto.
É inteligência e ousadia. Classe e entusiasmo.
Mulher é a garra e força de lutar para viver e sobreviver.
Por isso também não suporto aquelas que seguem as margens de uma falsa fragilidade.
Pois de frágeis, temos apenas as unhas.
Mas, infelizmente sempre me deparo com estes tipos.
A fulaninha frágil que se esconde a sombra de um homem.
Aquela que foge da vida nem sabendo muitas vezes porque.
Concordo que elas devem levar uma vidinha pra lá de boa. Vidinha regada a conforto e mimos. Pois não conseguem se quer atravessar a cidade para buscar algo na farmácia. Preferem ligar e pedir que alguém faça isso por elas. E não pensem que elas ligarão para o Delivery... nem pensar. Elas preferem ligar para alguém, pois este alguém precisa saber que ela esta doente para cuidar dela e ficar com peninha delas.
Nunca tive nenhuma colega que fosse uma fruta, mas já vi varias deste tipo ai o que acha legal fazer jus ao titulo sexo frágil.
Eu sei que os homens se encantam por estes tipos, mas é fato elas levam eles a pensar que são realmente úteis.
Eles então poderão colocar seu lado protetor a mostrar e realizar todos seus sonhos de consumo. Acho que muitos irão descordar deste meu texto.
E creio que muitas ficarão furiosas. Mas fato é que estas coitadinhas de coitadinhas não tem nada, pois sempre terão tudo nas mãos. Sempre terão quem troque o pneu do carro, quem as leva para o pronto socorro quando sentem que uma gripe esta chegando no Oriente Medio.
Acho que verdade as frágeis são até mais inteligentes que as fortes.
Porque as fortes do tipo eu no fundo acabam se ferrando, pois aprenderam a ser, e acabam fazendo tudo sozinhas.
As fortes não se permitem nem sentir dor, pois sempre tem alguém para ajudar.
As fortes podem estar péssimas, mas levantam a cabeça olham para os problemas como desafios e arregaçma as saias colocando os pés na lama e atravessando o caminho.
Elas são aquelas que quando acontece um grande problema de família são as primeiras a serem lembradas. São as que largam tudo quando uma amiga liga chorando, as ouve e fazem elas darem risadas, mesmo quando estão sofrendo por dentro com algum problema imenso. Saem no meio da madrugada para olhar o barulho no portão e quando a maçaneta da porta gira e sabem que pode ser um ladrão, correm na cozinha e pegam uma faca e grita: "Pode correr porque estou armada" ( Esta bem isso é errado, já fiz isso, mas fazer o que? abrir a porta e convidá-lo para tomar café, não vi como uma boa alternativa, ele poderia não gostar de café)
Independência? Coragem?
Não, diria que isso se chama amor próprio.
Não gosto aprecio o gosto do título de "coitadinha".
Por isso levei tanta porrada que acabei espantando muita gente, aliás muitos homens de perto de mim. Mas no fim das contas melhor assim.
Foi quem não teve realmente o desejo ou a audácia necessária de ficar.
Há quem o paladar esta acostumado com frutas.
Portanto quando a vida lhes colocam diante de um imenso banquete se perdem e fogem com receio ou por ignorância de causa, falta de conhecimento ou por apenas não estarem acostumados com a elegância, o requinte e bom gosto. E por simples medo de cometer uma gafe, acabam perdendo as grandes oportunidades da VIDA.

Beijos Rê Pinheiro