quarta-feira, 25 de maio de 2011

Santa ignorância.

Então com aquele ar de quem busca o infinito presente de seus desejos ele perguntou.
Ama a mim e a quem mais?


Quanta audácia.

Sempre tive por ele a mais intensa admiração.
Admiro sua beleza firme em seus belos contornos, adornos italianos.
Aprecio a sua mágica indecensia, e seu tom de deboche.
Mas acima de todas as contraditórias qualidades, sua inteligência sempre causou raro efeito.
Talvez fosse este exatamente o ponto de confronto, pois diante de tamanha sabedoria, ali estava
a pergunta mais insolente de uma mente fascinante.
Num modo mais exdruxulo. Burrice!
Porém em alto e bom tom, irei sanar a indagação de sua ingenuidade ou diria santa ignorância?

Deveras, amo a tantos outros.
Amo pela manhã, e permaneço amando ao anoitecer.
Meu amor vaga e se atreve a entrar em outros mundos.
Meu amor é a causa de tudo que tenho de melhor.
Mas aprenda e de uma vez por todas compreenda.

És único, tens meus coração por cativo, és dono supremo de meus sentimentos.
Não quero mais pertencer a nenhum outro senão você.
Mas não quero mais esperar o que não sei exatamente o que é ou onde esta.
Não aceito distâncias.

Se me desejas, me tome.
Se me queres faça jus a sua fome.
Não há meios termos.
Não há mais tempo para se esperar para viver.

Quero tudo e agora.


Capiche?

Beijos
Rê Pinheiro