quinta-feira, 21 de novembro de 2013

DO EGRÉGIO DE KANT AO INFERNO DE DANTE





Mandar a merda ou para o inferno?

Após refletir, acredito que não seria o mais propício, posto que para "algumas" espécies de "homens" digo dos efémeros bipedes barbados, os desejosos que se resumem apenas a vil contempladores compulsivos de Glúteos fartos e altivas mamas sobressalentes, ogros cavernosos que se munem da palavra coragem, mas diante de infímas decisões, se acovardam, se curvam seguindo a diretriz de seus colhões obstringidos.
Assim sendo, não haveria eficácia em tal desígnio, serviria não mais que, para o acúmulo das perturbações do linear, acanhado e delimitado invólucro craniano, tendo como consequência única, a estagnação. Ficariam plantados no meio do caminho sem saber exatamente qual rumo seguir.
Observe que não há maldade intrínseca na ácida objetividade desta afirmação, apenas o despeito lúcido, composto de uma certeza dolorosamente presenciada, unânime coerência de um magistral descaso, proveniente de um infortunio efeito do desafeto que me atrevo a enquadrar como um ato doloso, o réu, não menos que uma inigualável dose unica de um raro Bourbon deliciosamente saboreado às margens de um exuberante piscina, mas que jamais deveria ter sido apreciado pelo paladar.
A reação não poderia ser pior, a ressaca do Sol seguinte, veio carregado de um peso cujo, os anos já haviam libertado, um amargo semelhante ao fél é o que permanece, deverás seria oportuno estar chateada com meu próprio eu, por ser cumplice, convém salientar que " NON DUCOR DUCO ", sendo portanto o valor do bem quisto, e muito bem pago privilégio do amor.
E por ser amor, em sua credulidade se faz simplesmente amor.
Neste instante o recordar... e por volta de meus 10 anos de idade, me apaixonei por Roterdã, pelo "O Elogio da Loucura" depois tornei-me admiradora de Socrates, Platão, Aristóteles, Nietzsche, e até do velho mau humor do Rabugento Schopenhauer, cada qual com suas percepções, linhas de pensamentos distintas, mas entre eles sempre o tema AMOR.

Eis que no alvoroço da inquietude dos pensamentos, surge um "C" na história do amor, um amor como nenhum outro, o amor soberano, o amor daquele que simplesmente ama, e a verdadeira concepção do Verbo Amar. podemos definir o amor em aC/dC. "quem tem olhos que ouça" se me fiz compreender (...)

Agora recentemente depois de ser apresentada a Kant começei a perceber o que de fato queria dizer quando escreveu que: "O amor, enquanto afeição humana, é o amor que deseja o bem, possui uma disposição amigável, promove a felicidade dos demais e alegra-se com ela. Mas é patente que aqueles que possuem uma inclinação meramente sexual não amam a pessoa por nenhum dos motivos ligados à verdadeira afeição e não se preocupam com a sua felicidade, mas podem até mesmo levá-la à maior infelicidade simplesmente visando satisfazer a sua própria inclinação e apetite. O amor sexual faz da pessoa amada um objecto do apetite; tão logo foi possuída e o apetite saciado, ela é descartada tal como um limão" ...

Quantos limões sugamos? E quantas vezes fomos os limões sugados?

Cabe a nós o discernir... mas que seja bem vinda sempre, a bela afeição de uma sincera amizade.


Beijos


Rê Pinheiro                                                                                                      (CBF) 

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

A semelhança entre o Mar e as Lágrimas.





Se podemos escrever sem estar apaixonados, sem amar ?
Claro que sim! Podemos escrever sobre a paixão, sobre o amor, assim como tantos outros sentimentos e emoções...
Podemos falar da razão, objetiva ou subjetiva, sonhos, ilusões, desejos, vontades, fantasias, no mundo das palavras descrevemos o imaginário, elevamos, inventamos, criamos... assim como podemos revelar nossos segredos, assumir nossos fracassos,  fraquezas, compartilhar conhecimentos, pensamentos, verdades ocultas ... cabe tudo nas frases, letras, pensamentos, textos e até nas entrelinhas. E deixamos a mercê daquele que lê os caminhos do pensar...ponderar...aprender...ou simplesmente sonhar...
Muita coisa do que já escrevi sem duvida foi fruto de uma imaginação fértil, assim como há textos que traduzem com lucidez os fragmentos de lembranças remotas, textos onde escancarei verdades e abusei do privilégio, refúgio e desabafo de escrever.
Durante 14 anos guardei sentimentos, reprimi emoções e ações, e por tanto represar, o transbordar foi inevitável.
O acúmulo foi o cúmulo, e neste 14 de Novembro começei a compreender porque o sabor da água do Mar e das lágrimas são tão semelhantes...

No Mar está a Profundidade, os abismos e toda a extensão e vastidão das Águas, nas lágrimas, encontramos toda a profundidade, os abismos, a vastidão e a extensão dos sentimentos.
No Mar, a grandeza e a beleza da vida, nas lágrimas, a grandeza e a beleza das emoções.
No Mar a fúria, revolta, a devastação dos Tsunamis podem ser calculadas de acordo com a intensidade e a magnitude de abalos sísmicos, nas lágrimas a devastação causada e calculada com a intensidade e a magnitude da dor. 

Mas entre eles há algo de uma predominância unânime, o Sal, um elemento cuja a composição empírica é determinada pelo número de íons, e suas cargas positivas e negativas.
Talvez este seja o grande mistério pois conseguimos chorar tanto de alegria quanto de tristeza.



Rê Pinheiro