sábado, 5 de novembro de 2016

Mulher






O que seria o modelo de uma mulher de verdade? Aquela que faria certamente lhe causar não o desejo, mas a certeza que ela é o que você realmente vislumbra a teu lado até o findar de uma vida?
Eu acredito que a mulher de verdade, já teria como natureza ser verdadeira em sua plenitude, sem máscaras, rótulos, não usar do poder da sedução para seduzir, pois o que realmente seduz não estará estampado, e jamais será visto pelos olhos.
A mulher de verdade, é vista por muitos, despertará a curiosidade, causará algo que intriga, instiga, de fato muitos a observarão, raros a compreenderão, porque o que há de mais belo é justamente a complexidade de sua essência, e por ser assim, ela descobrirá através da dor o amor.
Isso porque ela não se contenta com morno, com a mesmice de afetos recolhidos, ela não aceita o romance morno, ligeiro, inerte, superficial, o supérfluo, sem graça, com lágrimas sem o sabor carregado do Sal de uma saudade, para ela não há nada pela metade e apagado.
Pois o amor que ela ama, é o amor quente, aquele que pulsa e vibra no simples olhar ... tocar, é o amor do apaixonado, da paixão e dedicação diária para que seja duradouro, em movimento constante, intenso, cheio de atitudes, com sorrisos, inteiro e com luz própria.
Ela pode se enganar, quebrar a cara, mas quando cai em si se aquilo não a satisfaz plenamente e se não quer valer a pena.
(O desapego é coisa certa)
Esta muito distante de se conter com ínfimos suspiros e sussurros, quer sentir no abraço a real intensidade do sentimento, terá que ir muito alem da pele, e não será a química, mas a alquimia dos poros, o conhecimento exato da geografia do corpo daquele que ela ama.
O que lhe faz feliz?
A espontaneidade dos sentimentos, a clareza dos afetos, e a lucidez das críticas.
Sem dúvida que uma mulher de verdade sempre irá precisar de colo, talvez ela jamais peça, mas quando pedir será para aquele que ela realmente confia seu amor, assim será com a necessidade de carinho e atenção.
Mas acima de tudo o que prende não são as amarras do ciúmes, porque a mulher de verdade será tua, se sentirá tua, não haverá outro sentido ou outro caminho que não a leve até você.
Prioridades ela exige sim, primeiramente que a respeite, a admire mas que também lápide suas imperfeições.
Será muito bem vindo a audácia de surpreendê-la, com simples presentinhos, bilhetes verdadeiros, expressões de a faça sentir que seu amor não é unilateral, meras lembranças carregadas de com a autenticidade das emoções... loucuras de amor até pode ter mas ela trocara tudo apenas pelo apreço, a ternura a lealdade, dedicação, e cumplicidade.
O valor para ela está no companheirismo, no cuidado e zelo que ela espera para o seu mundo.
O que conquista não é o elogio e o jantar do primeiro encontro, são os diálogos, ou o silêncio que se faz ouvir no olhar, gestos  diários que a fazem se sentir desejada, valorizada e amada.
Sim se realmente desejar uma mulher de verdade, permita na sutileza a coroa que o seu amado súdito põe todos os dias em sua cabeça que a faz se sentir a rainha que toda mulher deseja, porque só assim ela ganhara forças para também aceitar a condição de plebeia e enxergar e tratar o seu amado diariamente como o seu único dono é eterno Rei.
Mas a grande maioria se quer sabe distinguir uma mulher entre " A Mulher de Verdade" talvez pela incapacidade de observar, a desculpa vil da covardia, ou simplesmente pela ignorância, poderia ousar em dizer que aquele que não se vê como Rei, será visto sempre como bobo da corte.

Rê Pinheiro