quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Sem alarde, faça.










Eu sou uma pessoa boa, nunca fiz mal a ninguém”.

Acho estranho quando alguém diz isso.

Afinal ser bom então é não fazer maldade?

Eu digo que não fazer o mal é o mínimo que podemos ser e fazer.

Isso não é mérito é dever.

É o mínimo que um ser racional, normal.

Porem a maioria batem no peito e tem a plena convicção de serem de verdade bons de coração.

Se acham bons porque um dia num passado bem distante acharam ter ajudado alguém.

Se acham bons porque olham um noticiário na TV de uma catástrofe e sentem pena.

Se acham bons porque não roubam

Não matam.

Ou acham que não prejudicam.

Mas para mim, ser bom de verdade é ter amor de verdade no coração.

Não aquele egoísmo indecente que muitos chamam de bondade.

Ou que muitos confundem bondade com amor.

E acabam misturando tudo, banalizando e caracterizando o amor de inúmeras facetas.

Ai vira aquela miscelânea dos quintos.

Transformando o amor numa forma surreal de acomodar seu próprio egoísmo.

Um pensamento sem ação é um orgasmo sem tesão.

Se você se acha bom.

Eu não te acho porcaria nenhuma.

Porque detesto gente boa.

Eu te acho um monte de nada elevado à quarta potência de coisa nenhuma.

Você é um sujeito morno e inexpressivo.

Um ser que vive as margens de um espelho que reflete o que você quer enxergar, não exatamente o que ele te mostra.

Aquele que deseja mesmo ajudar, não pensa faz.
E faz sem alarde e sem desejar reconhecimento.


Beijos

Rê Pinheiro