quarta-feira, 18 de setembro de 2013

A dor da ausência.




Há dores que podemos mensurar, mas a dor de se perder alguém que se ama, não haverá jamais uma definição.
É o vazio, a saudade, são as lembranças.
É o querer estar, ver abraçar sentir e ter a certeza que este desejo não será realizado.
Fica aquele eco na memória de tudo que deveríamos ter feito, deixamos de fazer de falar.
São os porquês que gritam em nossa mente.
Porque agora?
Porque deste jeito?
Porque esta pessoa?
Porque ele e não eu?
Queremos explicações do inexplicável, todavia temos apenas uma única certeza, a de que um dia todos nós iremos partir...
E certo é, que para tudo aqui nesta efémera vida, há sim um porque, um tempo exato e determinado, tempo este que é desconhecido, e talvez por esta ignorância do desconhecido, não nos atentamos que muitas vezes o que fazemos aqui não é viver, é tentar sobreviver...
Muitas vezes o que tentamos enxergar esta no fundo de nossos olhos...
Mas nos deixamos levar pelo desatino dos ponteiros, perdemos o foco do que realmente importa, de quem realmente é importante e do que realmente é necessário e primordial.
Lembramos de olhar na agenda, e esquecemos de olhar para o Céu e agradecer a Deus.
Lembramos que temos que pagar as contas, mas esquecemos de acertar as contas com nossas maiores dividas do nosso eu, deixamos de lado nossos erros, nossas falhas, pensamos na matéria e esquecemos que somos também espirito.
Lembramos de um amor, mas esquecemos de amá-lo!
Pensar que agora é tarde, não!
Mesmo que este amor tenha partido, lembre-se você permanece nesta grande viagem, lembre-se que você é o LEGADO.
E dar continuidade é uma de nossas missões.
Chore, chore sempre que desejar, por quanto tempo desejar.
Mas observe que o sabor das lágrimas lembra o sabor da água do mar, e que as vezes ele pode estar revolto tomado por uma tempestade gigantesca e que se estivéssemos num barco certamente poderíamos vir a afundar. Porém a grande maravilha é que os Ventos Passam, a Revolta se desfaz e ele sempre se acalma, as ondas se aquietam, e sempre haverá dias onde o reflexo do Sol aparece se mostrando uma das maiores maravilhas da Natureza, um dos grandes milagres de Deus.

Dedico este texto a três pessoas muito especiais que perderam entes muitos queridos.
A um grande e sábio amigo Thomaz Netto que o chamo de irmão Nego, perdeu sua esposa completando seus 60 anos de casamento.
A grande amiga Janaina que sente a saudade de seu Tio mas amado como um Pai, o Nardo.
E a minha querida e também grande amiga Alexandra Alves, que se despediu ontem de seu pai, e que me inspirou a escrever este.
A todos familiares também, deixo meu carinho, estarei orando e pedindo a Deus para que lhes deem fé ,forças e a sabedoria de prosseguir guardando consigo o melhor daqueles que se foram, e buscando a evolução para aperfeiçoar o que somos e ainda podemos ser...

Dedico também, a todos que perderam aqueles que amam, assim como eu que perdi também meu irmão.


Beijos
Rê Pinheiro

terça-feira, 3 de setembro de 2013

A COISA ESQUISITA








Um "Olá" que surgiu assim do nada, sem forma oportuna, apenas o efeito sonoro do desconexo.
Uma certa arredoma de formalidades triviais do desconhecido.
E aos poucos o espaço, ainda que silencioso foi cedendo ante ao barulho da curiosidade.
Insigne e pragmático, quase indolente, com o cheiro caracteristico de encrenca.
Ah! O divino arôma da encrenca!
Claro que há os que abominam, enjoam, ou fogem, talvez esta seja a parte sábia deste mundo.
Mas há aquela classe de loucos desprovidos de sanidade, aqueles que se movem por anseios, pela fome e tudo que vicia e consome, são os abusados, ousados, intrigantes e abusivamente inteligentes.Tudo bem que nem sempre possuem um senso apurado de etiqueta, são aquelas criaturas esquisitas que falam demais, se mexem demais, mal sabem passar uma lombada, ou distinguir as cores secundárias, mas que no fim das contas por onde passam deixam o cheiro da encrenca e tal a inquietude da saudade.


Beijos
Rê Pinheiro