segunda-feira, 24 de maio de 2010

Agora

Eu e você. 

....


Nada mais.


Em algum lugar do passado você ficou.
Não sei ao certo contar o tempo, porque o tempo de certa forma parou no exato instante em que sai de um sonho.
Tudo parecia tão real, paredes, janelas, a tela na sala, vários Ades de Pêssego na geladeira e o afago de estar em seus braços. 
Num instante o sonho acabou e começou então um pesadelo que era constante foram dias que se transformaram em noites, dormir ou acordar não existia um porque, porque o pesadelo era real. 
A vida foi embora, projetos que nunca saíram de um coração, uma Lua de Mel dentro de um quarto sozinha na escuridão de uma escravidão. 
Não houve um Cruzeiro, mas tive uma katana traspassada em minhas memórias, quis esquecer o inesquecível, tentei odiar, para acabar, mas quanto mais lutei mais fui percebendo que o amor não se mata. 
Quando olhamos para a miserável condição de nossos sentimentos sentimos a potência da destruição de ser apenas aquela que teve que ir embora, pois o amor era tanto que procurei pensar que minha existência não o faria feliz, desisti de mim, aniquilei todos meus anseios e simplesmente parti. 
Subi num ônibus deixando tudo o que amava, mas o amor não saiu de minha essência. 
Talvez em algum lugar do futuro eu consiga te arrancar de minhas entranhas, talvez em alguma esquina eu caia e bata a cabeça e quando acordar eu não tenha mais você em minha caixa de memórias. 
Viver a teu lado foi o meu maior sonho, nunca mais estar a seu lado foi minha ruína. 
Para um anjo em algum lugar do passado. 
De alguém de um presente ausente.

Re Pinheiro

Um comentário:

  1. Querida Regiane...
    Mulher das montanhas, fazedora de sonhos,
    criatura de Deus e super-hiper-mãe do Gi.
    Pois é, de novo por aqui...
    Lindo texto. Adorei lá e aqui.
    Parabéns...
    Sou fã de suas linhas, de suas idéias e da paixão que você tem pela vida.
    Um beijo grande,
    Maü Cardoso.

    ResponderExcluir