terça-feira, 31 de janeiro de 2012

ENTÃO ELA SIMPLESMENTE SUMIU.



E no silêncio houve a exclamação...

Sumiu!!!

Sumi porque minha mente desordenada não permite a constante sensação de que não serás meu, como ela sempre desejou, atordoada ela percebe que você mesmo carregando consigo a certeza que me amará eternamente, prossegue numa busca desorientada a procura de braços e abraços alheios. Isso me consome.
Sumi porque em meus lábios permaneciam com a dolorosa e ultrajante saudade de teus poucos beijos.
Sumi porque minha loucura tomou seu rumo, e a sanidade me ensinou um caminho.
Caminho que me levou para longe de ti, mas não distante o suficiente para conseguir suportar sua falta.
Então de uma vez por toda melhor sumir a permanecer pensando e fazendo besteira cada vez que me via diante de ti, não quero mais sentir aquela paralisia infame quando sinto teu perfume mesmo estando a tão distante.
Sumi porque me fartei de ver em ti indecisão, uma dose cavalar de incerteza e ousadia duvidar de um amor que era só teu.
Duvidou mesmo tendo a veraz certeza que lhe pertencia.
Eu era tua, apenas tua, percorri milênios a tua procura, cansou de me ver em tuas visões, cansou de me olhar em teus sonhos e mesmo já me conhecendo num passado latente, não me prendeu no seu presente.
Então porque deveria eu permanecer no vazio?
Porque habitar terras quais meus pés não poderiam tocar o chão?
Terras que onde minhas intenções e desejos não seriam fontes suficientes para tê-lo para todo o sempre.
Sinto pois você tendo de mim o meu melhor, não viu que tinhas o maior e mais denso esforço da paixão de uma mulher.
Assim sendo, decidi sumir.
Sumi porque você não teve coragem suficiente de lutar por mim, não teve coragem de sair deste seu mundo insólito e desafiar a VIDA face como ela verdadeiramente é.
Sumi porque não quero olhar nos teus olhos e saber que enxerguei o que meu coração quis enxergar, não o que eles realmente viram.
Detesto assumir que errei, mas neste instante alcanço apenas os ecos que entoam o som dos meus erros.
Você foi parte de um futuro que nunca aconteceu, um delírio sem fim que meus impulsos ainda teimam em querer me guiar.
Também detesto admitir que eu te perdi, sinto um seco nó querendo rasgar minhas entranhas, mas confesso mesmo sumindo, desaparecendo, você ainda me persegue em sonhos.
Eu sei que se coça querendo saber se ainda te amo, assumo que sim, mas te amar sem conseguir compreender com este seu ego maldito me causa fúria, então antes que esta fúria caminhe para uns dentes quebrados, um estomago apertado e um coração partido decidi sumir.

Observação: Os dentes quebrados seriam os teus... que isso fique bem claro... rs


Beijos

Rê Pinheiro

4 comentários:

  1. Um texto muito bem trabalhado... Parabéns por magsitral postagem. Estamos lá , veja se gsota.

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  2. Nossa que texto.
    Estava procurando alguma coisa sobre as sagitarianas e acabei achando este seu blog por acaso, mas fiquei passada com as coisas que já li, você parece que lê a alma das pessoas.
    Muito legal porque eu me vi em muitas das tuas linhas, gostaria de verdade de saber escrever assim, mas não sei.
    Mas que bom que encontrei isso aqui.
    Já sou tua fã e se tiver livro publicado me fala que quero comprar.


    bj

    Raquel

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  3. Eu como Leonino, com lua em Sagitário, amei seu poema se assim posso chamar...é de uma intensidade maravilhosa e sublime...eu também estou estou escrevendo um livro com um aprouch em pensamentos...amei saber e conhecer esse seu lado bela flor das mantiqueiras...rs...

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  4. Incrível esse texto. Só mesmo um coração partido, uma ligação muito forte interrompida, para inspirar tais palavras. E a todos que lerem, e que já enfrentaram os dissabores do amor verdadeiro, sairão mais fortes, porque não se sentirão sozinhos lá naquele limbo escuro pra onde se retiram os que precisam lamber as feridas de amor. Há beleza poética no sofrimento, e se sofrer tem algum valor, pode ser que os anjos enxerguem a necessidade de um poema assim para muita gente sofrida, que lendo a tua coragem, sintam-se mais capazes e melhores para avançar em novos rumos em suas vidas, mesmo e apesar dos infortúnios. Me lembrou também de um modo eletrizante, que amor e ódio formam uma interface muito sutil, que de vez em quando se rompe estrondosamente. E todos nós estamos neste planeta justamente aprendendo a amar. Aprendendo a perdoar, aprendendo a desapegar, aprendendo que nossa alma, eterna, irá se deparar com muitos desafios em sua caminhada eterna. Obrigado por compartilhar essa poesia da dor de amar sem ser amado.

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