No intervalo de uma decepção e outra vamos aprendendo que:
Há fases em nossas vidas em que os relacionamentos, os tais encontros amorosos são mais uma afronta a capacidade de discernimento que a verdadeira oportunidade da alegria em compartilhar sentimentos e emoções.
Uma sucessão desenfreada de desilusões, decepções que muitas vezes nos bloqueia a real visão dos fatos, nos causando uma certa descrença na possibilidade de viver uma experiência benefica e construtiva.
Quando nos damos conta disto, é o momento de parar, respirar e aprender a aprender.
Aprender a perceber de verdade o que esta acontecendo, conhecer nossos anseios, sentir quais são nossas prioridades e se nossas prioridades realmente são necessárias. Então se forem, começar a planejar quais as atitudes que devemos tomar para realizar os nossos desejos.
Muitas vezes, fazendo uma análise mais justa e desapegada, sem assumir nenhum papel, nem o de vítima das armadilhas da vida, nem da sacanagem dos outros e nem o de culpado, como se tudo o que fizéssemos estivesse definitivamente errado, terminamos descobrindo que há alguma incoerência nisso tudo.
Mas para tudo é necessário primeiro ter coragem e segundo ter sabedoria suficiente para saborear o amargo do tempo, que muitas vezes se mostra dolorido a alma, mas fundamental para a evolução. Mas digo a vós meus caros por experiência de causa, como é difícil esperar, como é complicado refletir. Porque nossa carne, o nosso corpo e nossos desejos não obedecem nosso cerebro, queremos namorar, encontrar alguém, queremos amar e sentir que somos amados, queremos aquele gosto maravilhoso da paixão, desejamos, colo, carinho, proteção.
Só que deve haver algum erro nestas linhas, pois será que estar com alguém é o mesmo que estar feliz?
Muitas vezes não!
Pois muitas vezes este " estar" pode não ser o estar para você ou para alguém, precisamos ESTAR inteiros, SER inteiros para então estarmos completos.
Mas entre uma decepção e outra, vamos buscando forças, vamos encontrando no dom da observação a arte de aprender com a vida.
A arte de ouvir as pessoas que realmente se importam contigo, pessoas em que algum momento foram enviadas como presentes para nos elucidar, ou simplesmente para nos fazer sorrir.
Tempo de aprender, crescer e simplesmente esperar...
Esperar o que a VIDA irá nos revelar, aguardar o próximo caminho, sem pressa, sem ansiedade respeitando e aceitando a ordem dos acontecimentos e não com aquele desejo de querer que tudo aconteça do jeito e no momento em que desejamos.
Mas precisamos compreender que nem tudo poderá ter uma respostas, talvez a VIDA demore tanto que quando você se deu conta ela já passou, nos resta apenas aceitar a ausência de quem você nem sabe quem, aceitar a ausência de alguém que você queria encontrar.
Porque haverá muitos porques sem respostas, muitas feridas que te deixarão cicatrizes, muitas duvidas sem explicações.
Muito de tudo e ao mesmo tempo tão pouco.
Mas não vele a pena brigar contra o mundo e se fechar, não aceitando, ou se rebelando, pois desta forma a única coisa que conseguiremos encontrar é mais dor e mais solidão.
Aceitar que você não tem o controle de tudo, que você não tem o poder de decidir tudo sozinho e que a vida tem seu próprio ritmo, o Universo caminha em seu curso, basta apenas você fazer sua pequena parte e bem feito, com vontade e da melhor maneira que você puder.
O que você não puder, entregue e espere...
Até que um dia, quem sabe o amor acontece.
Tenha certeza que ele tem o poder de te encontrar onde você estiver, você estará no momento perfeito e exato onde deveria estar para ser encontrado!
Beijos de alguém que esta aprendendo.
Rê Pinheiro